PRODUÇÃO MAIS EFICAZ COM A LAVOURA ORGÂNICA
A nova perspectiva no
campo tem efeito da boa alimentação sem agrotóxico e não atrai apenas quem
deixou a terra. O Produtor e sócio da Agroprata Orgânica, Mario Ribeiro, de 56
anos, já trabalha para tornar a sua produção mais eficaz trabalhando com a lavoura
orgânica: — Tenho abacate, banana e caqui, sou certificado pela ABIO. Com o
preço mais em conta, vou ampliar o cultivo. O mercado está aquecido. Embora a
prefeitura não tenha uma secretaria de agricultura, os assuntos da pasta
relativos à produção familiar estão inseridos em Desenvolvimento Econômico
Solidário. De acordo com o último censo do setor, o circuito de feiras
orgânicas foi ampliado de seis para 30 feiras. Além dos bairros da Zona Sul, agora
também as Zonas Norte e Zona Oeste.
Legalmente, não há
morador na Zona Oeste, chamada de Zona Rural, ora na cidade do Rio, especialmente
no Rio da Prata em Campo Grande e dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, de
acordo com os dados do IBGE e do MDA. Mas não é “por milagre” que brotam das
terras da Zona Oeste uma das melhores produções de Caqui, pelos Associados da
Associação dos Agricultores Orgânicos da Pedra Branca, (Agroprata), aonde
encontramos também a banana como um dos
maiores produtos vendidos no Circuito de Feiras Orgânicas Carioca, além do aipim,
milho, limão, carambola entre tantos outros produtos. Eles surgem de lavouras
mecanizadas ou mesmo pelo trabalho braçal, quase arcaico, de agricultores como
Luis Carlos Santana, conhecido como "Sr. Madruga" de 66 anos. Quase diariamente,
Luis sobe e desce o Caminho da Virgem Maria, no Rio da Prata, Campo Grande. Em
seus burros, sempre abarrotados: —
Produzo e vendo milho, caqui, abacate, aipim. O carro-chefe é a banana. A
região é a última fronteira agrícola da cidade. Se hoje Luis sobe e desce a Serra
do Rio da Prata sem fazer manha, houve uma época em que faltava motivação. Com
o preço dos produtos em queda livre, e sem condições de competir com a
agricultura intensiva, os produtores tradicionais e familiares como ele,
abandonaram os cultivos.
O cenário só mudou depois que os produtores se
reuniram em uma Associação. — Quando o preço ficou baixo eu fui tentar a vida
lá fora. Mas com a associação, voltei — comenta Luis. A Associação de Produtores
Orgânicos da Pedra Branca tem sua sede na Estrada da Batalha, 204 que fica no
Rio da Prata. A (Agroprata) tem papel preponderante nesta retomada do campo,
como explica a diretora-executiva Rita Caseiro: — O trabalho com os produtores
é para agregar valor ao produto. Além de conseguirmos a certificação, através
da ABIO, temos na produção orgânica, sem
agrotóxicos, uma alternativa ao qual também criamos novas opções de nossos
produtos. Hoje, além dos alimentos orgânicos, são comercializados em toda a
cidade a banana passa, caqui passa que são produtos inovadores, como o vinagre
de caqui. Com o diferencial da produção orgânica, o preço do quilo da banana
chega a R$ 8, contra os R$ 4 do cultivo tradicional.
Hoje, a Agroprata tem a
Feira Orgânica do Rio da Prata como uma das principais fontes de renda da
região, sempre aos domingos de 7 até 13 horas, no Espaço Farol da Prata, localizado
na Estrada da Batalha, 202 A. Maiores Informações acessem a página oficial nas
redes sociais.
Graciano Caseiro
Palestrante, Comunicador e Produtor Cultural
Campo Grande, Rio da Prata, RJ.
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